A Banu é uma mulher de 35 anos nascida em Istambul. Devido à situação especial da sua família, acabou por abandonar a escola mais cedo. Tem uma família para cuidar, sendo esta a sua obrigação, especialmente no que diz respeito ao aspeto financeiro. Trabalhou, portanto, em vários setores empresariais para os quais não tinha recebido formação, com empregados de diferentes países. Especialmente empregados sírios. A Banu fica um pouco perturbada com a maneira como os colegas falam os dos seus modos e ações. Tem preconceitos com eles e este sentimento é algo que a incomoda há já algum tempo. Tem então conhecimento que na empresa onde trabalha há formação em contexto profissional sobre “competência global” e também na sua área profissional.

Insiste em frequentar essa formação. Há muito tempo que procura várias oportunidades para melhorar. Inicia-a e encontra o que procura. A formação “competência global” é sobre as questões com as quais se sente desconfortável. Graças a esta formação, aperfeiçoa-se, ganha perspetivas diferentes, verifica que precisa de respeitar culturas diferentes e ganhar capacidades de pensamento crítico. Um dia, apercebe-se de algo do género: no seu curso, aprende sobre industrialização e crescimento económico nos países em desenvolvimento, de como estes têm sido influenciados por investimentos estrangeiros. Aprende também que muitas raparigas de tenra idade trabalham em más condições em fábricas até dez horas por dia, em vez de irem à escola.

O formador sugere que cada formando traga uma peça de roupa para examinar a etiqueta e verificar onde foi feita. A maioria das roupas foram feitas no Bangladesh, o que a assustou. A Banu fica curiosa em saber como é que as suas peças de vestuário foram criadas. Examina os websites de uma série de lojas de várias marcas para tentar obter informações sobre as suas normas e procedimentos de fabrico. Percebe que algumas empresas de vestuário estão mais preocupadas com os direitos humanos nas suas fábricas do que outras e que outras marcas de vestuário têm um longo historial de condições de produção horríveis. Analisa várias peças jornalísticas sobre o assunto e assiste a um documentário no YouTube. Começa a comprar roupa de comércio justo e torna-se uma defensora de uma produção eticamente responsável, como resultado das suas aprendizagens.






Última alteração: Monday, 31 de October de 2022 às 10:53